sábado, maio 12, 2007

A Gaivota de Anton Tchekov


Tradução Fiama Hasse Pais Brandão

Encenação Luis Miguel Cintra

Cenário e figurinos Cristina Reis

Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção

Distribuição Dinis Gomes, Duarte Guimarães, Luis Lima Barreto, Luis Miguel Cintra, José Manuel Mendes, Márcia Breia, Ricardo Aibéo, Rita Durão, Rita Loureiro, Teresa Sobral, Tiago Matias

Teatro Municipal de Almada www.ctalmada.pt

10 a 13 e 16 a 20 de Maio de 2007

Teatro do Bairro Alto, Lisboa

De 31 de Maio a 24 de Junho de 2007

De 3ª a sábado às 21:00

domingo às 16:00


Trepelev sentia o apelo de reinventar a arte de escrever teatro? Ou era sobretudo a vontade de manter um confronto com o amante da mãe, Trigorine?

As suas histórias sem intriga, descritivas eram entediantes para o público, longe de trabalhar sob a base do quotidiano das pessoas, os assim falhanços sucediam-se.

Sua namorada cooperante numa primeira instância desacredita o projecto e a pessoa, o companheiro de jornada.

Nina, de seu nome, parte de falsos pressupostos, idealiza um mundo de glamour ao tornar-se actriz, quer para si a fama e o êxito de Arkadina, a mãe de Trepelev, uma actriz de sucesso. Apaixona-se por Trigorine, mais tarde essa relação é dissolvida e fica só e na miséria. Teve um filho do escritor que morreu.

Se o antigo namorado era a eterna promessa da escrita, Nina era uma actriz medíocre que cada mais era remetida para a província bem perto dos pequenos palcos.

Trepelev valorizava os símbolos, conjugava-os sobretudo nas suas obras, e depois quase por inevitabilidade percepcionou neles a predição de uma ruptura.

A gaivota é o símbolo universal da liberdade. Ora a vontade alheia no direito pleno de gozo dessa mesma liberdade constituiu um desvio, nesta situação só haveria o tal caminho a trilhar: o competir e… vencer. Escrever contos e estes serem aclamadoa pela critica e ganhar reputação. E com isso também o secreto desejo do regresso da amada…

Os sucessivos falhanços, o regresso clandestino da amada e reiteração do abandono, num discurso que fala de fé como valor supremo do teatro e da representação mas tão delator quanto possível por mostrar desespero, leva o rapaz ao suicídio.

Muito mais poderia ser escrito acerca desta peça… fica o essencial.

A sala com 450 m2 “à italiana” detém a segunda maior boca de palco, logo atrás da sala do Centro Cultural de Belém. Cadeiras vermelhas, corrimões originais. formiga

Frase:

Sabemos que não se vai longe por impressões”.

“Se eu me casar deixo de ter tempo para o amor”

“Só é belo o que é relevante”

“Perdi tudo, tudo! Deixar de gostar de mim e não consigo escrever”




domingo, maio 06, 2007


Ser é ser visto.

Ver é trazer à existência.

Eu sou como sou visto. Olhas-me e eu

sou criado por ti.

Olho para ti e criei-te.

Sou o reflexo na superfície

dos teus olhos .

Estou ali para que me possas ver.

Vejo os meus olhos no espelho dos teus olhos. Vejo-me a

ver-te veres-me.

“The Mediations of Joseph C. Merrick” – The Elephant People, Daniel Keene

Segundo o jornal MAISTMA o novo espectáculo de Keene (Elephant People), uma ópera a estrear em Julho de 2007 em França, abre com as meditações de Joseph C.
Merrick (1862-1890) – o Homem Elefante (transposto por David Lynch em 1980)

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