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"Mas quem tratou de me amar soube estancar o meu sangue e soube erguer-me do chão." Sérgio Godinho
segunda-feira, novembro 17, 2008
Pragmática da Comunicação Humana por Paul Watzlawick
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quarta-feira, setembro 24, 2008
Os homens ocos, de T. S. ELIOT
Os homens ocos, de T. S. ELIOT
OS HOMENS OCOS
(Um pêni para o Velho Guy)
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!
Nossas vozes dessecadas,
Quando juntos sussurramos,
São quietas e inexpressas
Como o vento na relva seca
Ou pés de ratos sobre cacos
Em nossa adega evaporada
Forma sem forma, sombra sem cor
Força paralisada, gesto sem vigor;
Aqueles que atravessaram
De olhos retos, para o outro reino da morte
Nos recordam - se o fazem - não como violentas
Almas danadas, mas apenas
Como os homens ocos
Os homens empalhados.
II
Os olhos que temo encontrar em sonhos
No reino de sonho da morte
Estes não aparecem:
Lá, os olhos são como a lâmina
Do sol nos ossos de uma coluna
Lá, uma árvore brande os ramos
E as vozes estão no frémito
Do vento que está cantando
Mais distantes e solenes
Que uma estrela agonizante.
Que eu demais não me aproxime
Do reino de sonho da morte
Que eu possa trajar ainda
Esses tácitos disfarces
Pele de rato, plumas de corvo, estacas cruzadas
E comportar-me num campo
Como o vento se comporta
Nem mais um passo
- Não este encontro derradeiro
No reino crepuscular
III
Esta é a terra morta
Esta é a terra do cacto
Aqui as imagens de pedra
Estão eretas, aqui recebem elas
A súplica da mão de um morto
Sob o lampejo de uma estrela agonizante.
E nisto consiste
O outro reino da morte:
Despertando sozinhos
À hora em que estamos
Trémulos de ternura
Os lábios que beijariam
Rezam as pedras quebradas.
IV
Os olhos não estão aqui
Aqui os olhos não brilham
Neste vale de estrelas tíbias
Neste vale desvalido
Esta mandíbula em ruínas de nossos reinos perdidos
Neste último sítio de encontros
Juntos tateamos
Todos à fala esquivos
Reunidos na praia do túrgido rio
Sem nada ver, a não ser
Que os olhos reapareçam
Como a estrela perpétua
Rosa multifoliada
Do reino em sombras da morte
A única esperança
De homens vazios.
V
Aqui rondamos a figueira-brava
Figueira-brava figueira-brava
Aqui rondamos a figueira-brava
Às cinco em ponto da madrugada
Entre a ideia
E a realidade
Entre o movimento
E a acção
Tomba a Sombra
Porque Teu é o Reino Entre a concepção
E a criação
Entre a emoção
E a reacção
Tomba a Sombra
A vida é muito longa
Entre o desejo
E o espasmo
Entre a potência
E a existência
Entre a essência
E a descendência
Tomba a Sombra
Porque Teu é o Reino
Porque Teu é
A vida é
Porque Teu é o
Assim expira o mundo
Assim expira o mundo
Assim expira o mundo
Não com uma explosão, mas com um suspiro.
(tradução: Ivan Junqueira)
sábado, setembro 06, 2008
Crianças de rua

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A chacina das crianças da Candelária
sábado, junho 21, 2008
A História Fabulosa de Peter Schlemihl

Titulo: A História Fabulosa de Peter Schlemihl
Disponivel na: Assírio & Alvim
Ver mais:
Café dos Loucos
Numa relação mais intercultural temos: O Elogio da Sombra de Junichiro Tanizaki
Excertos da obra" As Sombras errantes" de Quignard em: Divas & Contrabaixos
Tertúlia dos Mentirosos

Lição dada a corcunda
Ver mais em:
Laranja com Canela
O Homem Que Sabia Demasiado
segunda-feira, abril 14, 2008
Luz Silenciosa

O último filme de Carlos Reygadas demonstra uma maturidade de visão espantosa
Retirado do dossier Atalanta Filmes: Luz Silenciosa
Se dizer que para alguns cinéfilos este filme foi um longo bocejo, não estarei a fugir muita à verdade. A obsessão pela forma gerou situações de abandono compulsivo na sala. Pessoas que saíram a grande velocidade como estivessem a fugir sei lá do quê!
O meu veredicto: não estamos na presença de uma obra-prima, no entanto há passagens bem significativas que merecem alguma reflexão.
O Homem tem poder para determinar o seu destino, apenas usando o que existe?
Mas é última instância é nos dada a lição que o amor altruísta jamais é intrusivo. Mulher sôfrega sem legitimidade para pedir e não largar o que não é seu por convenção. A desdita “cabra”.
O Johan descobre a sua alma gémea, mas em si no filme não é mostrado um plano de intimidade entre estes dois amantes. Há o banalizado enlace sexual, que é pouco para definir uma relação harmoniosa que não seja a antecâmara do esquecimento passados uns meses.
Mais pertinente é o dilema amor versus paz. A desenvolver por mim agora.
Muitas mudanças e convulsões sociais geraram precariedade e mesmo algum sofrimento, na lógica do enamoramento ainda temos a nota de culpa. Estes são os grandes temas deste filme: a culpa e remorso e o arrependimento.
A resignação é uma via de paz… má? boa? É caso para dizer que sem ti não se vive, ou contigo também não se vive! É um dado viciante, pois evita-se o incómodo do remorso e até um certo desconforto. Mas deste modo é possível: uma bela e temperada desesperança tomar conta das ocorrências da nossa vida. O que fazer? A tal dúvida sistemática, o incómodo e solidão.
Sem procurar generalizar, até porque no mundo dos afectos é uma má abordagem, poder-se-á que é de princípio mor manter uma certa elegância e estilo a par com a capacidade de surpreender mesmo passados 500 mil anos. Se o outro mesmo numa situação tão favorável mesmo assim quer ir em debanda é porque alguma coisa está ainda mui podre no reino da Dinamarca.
Já na nos últimos minutos da fita é visto o sacrifício como prova suprema de amor, alguém renuncia para poder ainda mais amar. Todo o sentido a comparação com o bucolismo rural, onde um germinador de vida também é a luz. E veio a noite…
O filme italiano Baunilha e Chocolate é a ligação perfeita esta Luz Silenciosa. Formiga
Ver videos:
Luz Silenciosa: STELLET LICHT
Baunilha e Chocolate: Vaniglia e Cioccolato
quinta-feira, abril 03, 2008

(…) ---> clicar para ver o texto na integra
sábado, março 08, 2008
Linha do Tua
"É verdade que Trás-os-Montes se presta dificilmente à abertura de linhas férreas. A construção de alguns trechos das linhas do Corgo e do Tua ofereceu duras e dispendiosas dificuldades. É o que se verifica de modo exemplar, logo a montante da confluência do Tua, nos primeiros quilómetros cortados em rocha viva, , ora em pequenos e consecutivos túneis, ora em patamares e viadutos lançados sobre impressionantes desfiladeiros."
O blog Pimenta Negra - Explica como foi o nascimento do Movimento Cívico pela Linha do Tua
Para quem não teve o prazer de desfrutar da viagem de comboio nesta linha tem disponível um vídeo em ambos os sites.
Artigo do Jornal de Notícias ( Terça-feira, 23 de Agosto de 2005)
O Formiga...
Mas era pouco provável sair de casa se não constasse no programa este percurso sublime e majestoso do Tua.
Notei que as carruagens eram do início do século XX, de origem Britânica creio eu.
Os primeiros quilómetros pareciam prometer pouco, mas se o belo existe, então está nesta viagem de comboio. O amor à natureza faz com facilidade esquecer alturas tremendas. A velha máquina diesel adere a uma curva com sua parte da estrutura no ar, está-se à beira do princípio e não se teme a queda, pelo contrário, sustente-se no fascínio.
E as sequências improváveis, tal como um túnel, um viaduto alto e logo outro túnel, depois o tal conjunto de curvas e contra curvas.
Espero a possibilidade de repetir esta experiência. Entretanto procurei ajudar à divulgação e defesa da Linha do Tua!
formiga
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sábado, fevereiro 23, 2008
Poesia
sábado, janeiro 19, 2008
Associação Encontrar+se lança movimento “Unidos para Ajudar”
-----------> Impresso para Associar-se! <------------- span="">
Diário Digital / Lusa
10-10-2007 14:56:12
Para consultar:
Associação de Apoio aos Doentes Depressivos e bipolares
"Deixa lá que ele não joga com o baralho todo ou dá-se um desconto". Este Blog vem desmistificar essa forma redutora de tratamento pessoal a pessoas com problemas de saúde mental.
Blog:
"Cuidar sim, Excluir não!"
Acerca da campanha no Diário Digital - Músicos portugueses combatem estigma da doença mental