quarta-feira, outubro 10, 2007

A estrada que não foi seguida - Robert Frost



Duas estradas separavam-se num bosque amarelo,
Que pena não poder seguir por ambas
Numa só viagem: muito tempo fiquei
Mirando uma até onde enxergava
Quando se perdia entre os arbustos;
Depois tomei a outra, igualmente bela,
E que teria talvez maior apelo,
Pois era relvada e fora de uso;
Embora, na verdade, o trânsito
As tivesse gasto quase o mesmo,
E nessa manhã nas duas houvesse
Folhas que os passos não enegreceram.
Oh, reservei a primeira para outro dia!
Mas sabendo como caminhos sucedem a caminhos,
E duvidava se alguma vez lá voltaria.
É como um suspiro que conto isto,
Tanto, tanto tempo já passado:
Duas estradas separavam-se num bosque e eu -
Eu segui pela menos viajada,
E isso fez a diferença toda.

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Robert Frost (1874-1963), Trad. José Alberto Oliveira


Formiga


2 comentários:

Anónimo disse...

....em algumas alturas da nossa vida, temos que escolher certos caminhos, para continuarmos e deixar outros para trás....escolhe-os por ti, pensando em ti e nunca porque será melhor para outro alguém....
Adorei o texto e a imagem...muito bem conseguida Sérgio, parabéns...e são em textos como este que o teu blog faz toda a diferença...
Jinhos
Beta

9:02 AM

Anónimo disse...

Interessante poema e imagem muito adequada.Já vi que tem uma preferência por Robert Frost.
Confesso que não conhecia.
Vamos sempre aprendendo!....