Tradução Fiama Hasse Pais Brandão
Encenação
Cenário e figurinos
Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção
Distribuição Dinis Gomes, Duarte Guimarães,
Teatro Municipal de Almada www.ctalmada.pt
10 a 13 e 16 a 20 de Maio de 2007
Teatro do Bairro Alto, Lisboa
De 31 de Maio a 24 de Junho de 2007
De 3ª a sábado às 21:00
domingo às 16:00
Trepelev sentia o apelo de reinventar a arte de escrever teatro? Ou era sobretudo a vontade de manter um confronto com o amante da mãe, Trigorine?
As suas histórias sem intriga, descritivas eram entediantes para o público, longe de trabalhar sob a base do quotidiano das pessoas, os assim falhanços sucediam-se.
Sua namorada cooperante numa primeira instância desacredita o projecto e a pessoa, o companheiro de jornada.
Nina, de seu nome, parte de falsos pressupostos, idealiza um mundo de glamour ao tornar-se actriz, quer para si a fama e o êxito de Arkadina, a mãe de Trepelev, uma actriz de sucesso. Apaixona-se por Trigorine, mais tarde essa relação é dissolvida e fica só e na miséria. Teve um filho do escritor que morreu.
Se o antigo namorado era a eterna promessa da escrita, Nina era uma actriz medíocre que cada mais era remetida para a província bem perto dos pequenos palcos.
Trepelev valorizava os símbolos, conjugava-os sobretudo nas suas obras, e depois quase por inevitabilidade percepcionou neles a predição de uma ruptura.
A gaivota é o símbolo universal da liberdade. Ora a vontade alheia no direito pleno de gozo dessa mesma liberdade constituiu um desvio, nesta situação só haveria o tal caminho a trilhar: o competir e… vencer. Escrever contos e estes serem aclamadoa pela critica e ganhar reputação. E com isso também o secreto desejo do regresso da amada…
Os sucessivos falhanços, o regresso clandestino da amada e reiteração do abandono, num discurso que fala de fé como valor supremo do teatro e da representação mas tão delator quanto possível por mostrar desespero, leva o rapaz ao suicídio.
Muito mais poderia ser escrito acerca desta peça… fica o essencial.
A sala com
Frase:
“Sabemos que não se vai longe por impressões”.
“Se eu me casar deixo de ter tempo para o amor”
“Só é belo o que é relevante”
“Perdi tudo, tudo! Deixar de gostar de mim e não consigo escrever”
Sem comentários:
Enviar um comentário